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Mostrando postagens de junho, 2021

Só a caixa

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  Por que Fernando atravessou a estrada? Na rua Ministro Godói fica um parque, este, com muitos galos e galinhas. E as vezes alguns desses frangos atravessam a estrada... para fazer nada. Estava eu ali na mesma rua que de dia as galinhas dominam. Era noite e subindo a rua vejo um carro de papelão bem a frente tomar a esquina de acesso. Tchábum, cai uma caixa, que atrapalha o trânsito dos carros que vinham atrás. O carro de papelão seguiu adiante abandonando seu pertence. Como ponto de fuga, tomo a caixa em meu destino e, no meio dos carros, chego até aquela caixa. De papelão forte, me surpreendeu que a caixa era toda furadinha. Começava aí uma nova incidência poética. Numa exposição do Projeto Vênus, chamada Matrioska, na Galeria Bergamin e Gomide, em 2020, várias artistas se utilizaram de caibros para fazer suas pinturas. Uma delas desenhou apenas olhos um em cima do outro. Outra juntou três caibros com espaçamentos e pintou uma cabra. E assim por diante. Pensei que aqueles caibro...

Meu momento atual

 É difícil se jogar numa compreensão do espaço em meio a mata atlântica, seja do sítio de Pedra Bela, do Horto Florestal de Campos do Jordão ou do Parque da Água Branca em São Paulo. O espaço entre troncos e galhos me leva a simplificações e chega uma hora acho que estou inventando coisas, ou não pegando os detalhes. Está muito difícil evoluir. É um misto de tudo ao mesmo tempo agora com as somas de aprendizado recente. De minhas aulas de retratos realistas. Dos comentários que as pessoas fazem. Eu sou uma esponja, eu simplesmente absorvo o que as pessoas dizem. Eu não sei, não consigo me voltar apenas a mim mesmo e parar de mostrar os quadros para as pessoas - no momento em que são feitos. Deixo a porta aberta para invasão. E tem gente que sempre quer acrescentar algo. Outras pessoas ficam incomodadas com minhas dúvidas. Aí pego livros de David Hockney, de Van Gogh e vejo que eles também tinham dúvidas, veem e vinham aperfeiçoamentos necessários aos seus percursos. A indecisão é u...

Títulos para as colagens

 Dança das águas Ala das baianas digitais Uniformidades paralelas Sombra das cores Irregularidades uniformes Sistema das danças Evoluções para carnavais indígenas A travessia das íris gigantes Fósseis digitados Eu não quero pensar Eu não sei pensar Cuneinformes Projetos para megalitos carnavalescos Esperança temperada Temperança esperada Realidades semi preciosas Projetos para megalitos semi preciosos Neo concreto cuneinforme  Ordenança desarrumada Espectro flautista Drops século XX Fantasmas felizes Mistérios do meio-dia Petit fur Matriz origami Anti-slime sem chantilly Café minicraft Petit fur Minicraft Prendedores da ilusão Sombrios afortunados Lógica cromática espraiada Assimetrias espalmadas Dança das sombras Mães felizes Primavera rosa Implantes desmistificados Temperança paralela Animais clandestinos Nuvem perfeita Bolo quântico Matemática paralela Vanguarda clássica x Insetos autoritários Porta ninhos para pérolas ausentes Linguagem alienígena Sentimentos brutos secos ...

Por que Fernando atravessou a estrada?

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Versão 2 Início das colagens Em 2008 um amigo estava pedindo para artistas próximos testarem uma tinta que estava desenvolvendo para um cliente misterioso. A intenção era lançar uma tinta nacional de qualidade internacional, com bastante pigmento. O teste era de plasticidade da intintagem da cor. Então ele me instruiu a recortar cartões de papel, colocar uma cor numa ponta e ir estendendo aquela película de cor adicionando um pouco de outra cor, até o fim. Eu nunca havia trabalhado assim até então. Meu costume era fabricar cores e as aplicar na tela. Pois bem, o estudo foi proveitoso mas a empreitada infelizmente não foi para frente. A tinta era realmente de muita qualidade. Ganhei cinquenta potes de tinta pelo teste e fui para casa feliz, junto com meus cartões pintados. Depois que acabou a faculdade de Propaganda e Publicidade, centralizei todos meus materiais em Ilhabela. Os cartões de cor foram parar numa mapoteca gigante feita por um marceneiro e enquanto eu me dedicava a desenhos...